Criação de identidade visual: um processo colaborativo entre a marca e o designer
03/07
Imersão sobre os códigos gráficos da sua atividade e do seu público.
Nos dois últimos artigos da nossa série sobre o processo de criação de uma identidade visual convidámos o leitor a reservar tempo para definir, formular e comunicar claramente os alicerces de qualquer projeto:
- Como definir a sua marca e refletir sobre o que de singular tem a sua empresa,
- Quem são os seus públicos-alvo e como definir o cliente ideal.
Agora temos que arregaçar as mangas para a próxima etapa!
Como explicamos com mais detalhe no artigo “O que é uma identidade visual?” recordamos que o objetivo de uma identidade visual é criar as emoções certas para que o seu público entenda de forma adequada e efetiva as atividades e os valores da sua marca.
Para que se possa estabelecer esta “conexão”, o designer gráfico deve em primeiro lugar mergulhar nos códigos da sua atividade e do seu público, a fim de perceber o contexto cultural no qual a sua empresa e seus clientes se inserem.
O nosso papel
A nossa missão nesta fase do projeto é familiarizar-nos com os códigos gráficos dos seus alvos e do seu setor de atividade. Ou seja, dominar o contexto cultural da sua empresa e dos seus clientes, estudar os seus concorrentes, o que funciona, o que evitar …
Para isso, o designer deve “alimentar” conceitos e referências gráficas retiradas de várias fontes de inspiração: Pinterest, claro, é uma destas fontes. Contudo, é necessário atenção para não cair no conformismo e na “ideia única” … é necessário um olhar mais atento por diversos sites, obras de referência, pela banalidade do quotidiano etc.
Esta é uma das fases mais demoradas para o designer, especialmente quando se trata de uma indústria para a qual nunca trabalhou.
É também positivo que se deixe repousar as ideias, e permitir que o projeto respire antes de passar para a fase de concretização.
As nossas ferramentas:
Os Mood Boards ou quadros de inspiração serão usados para reunir todos os conceitos e visuais elaborados durante a fase de imersão.
É, acima de tudo, uma ferramenta usada internamente, sendo o ponto de partida do processo criativo do projeto. Também é usado para apresentar a evolução das várias etapas e discutir a jornada criativa.
Será desenvolvido um Mood Board para cada uma das trilhas criativas que forem acordadas no início do projeto.
Exemplos de Mood Boards criados para Co-Éléven:
I pista criativa
II pista criativa
Evite as armadilhas:
Não vagueie e mantenha o foco na missão da sua marca, deixando de lado os gostos pessoais.
O seu papel
Colabore permitindo que trabalhemos nesta fase do projeto o tempo necessário.
Infelizmente a identidade visual da sua marca não será criada numa semana, mesmo que, como a maioria dos empreendedores, esteja ansioso.
Dependendo do número de faixas pedidas, aguarde entre 3 a 5 semanas.
Fique atento para responder às nossas questões caso alguns dos pontos nos passos anteriores não estejam claros.
Conclusão
Estamos contextualizados com os códigos gráficos e culturais da sua atividade e dos seus clientes.
Agora estamos aptos para a próxima fase: Concretizar a “conexão” entre a sua marca e o seu público-alvo!
Manual de criação de identidade Visual: Um processo colaborativo entre a marca e o designer
0/7 – O que é uma identidade visual?
1/7 – Como definir a sua marca
2/7 – Quem são os seus públicos-alvo e como definir o cliente ideal
3/7 – Imersão sobre os códigos gráficos da sua atividade e do seu público
4/7 – Brainstorming para conectar a marca ao público-alvo
5/7 – Criação dos elementos que compõem a identidade visual da sua marca
6/7 – Apresentação de pistas criativas, feedback e fase de ajustes
7/7 – Entrega dos elementos gráficos da sua identidade visual